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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

RESUMO: Análise de conteúdo, análise de narrativa, análise do discurso.


A quantidade de significados diferentes que um termo pode conter é variada. Nesse contexto, a análise do conteúdo, análise do discurso e análise de narrativas são modalidades de interpretação de textos com a finalidade extrair os seus significados expressos. Existe, para isso, diversas formas de se analisar um texto e muitas técnicas disponíveis.
            A análise de conteúdo é uma das formas de interpretar o conteúdo em que consiste relacionar a frequência da citação de algumas ideias, temas ou palavras de um texto para mensurar o peso relativo atribuído a um determinado assunto pelo autor. Essa análise feita pela análise de conteúdo estabelece uma frequência estatística das unidades de significado. Identifica características especiais da mensagem. A mensagem, nesse caso, pode ser captada, decompondo-se o conteúdo do documento em fragmentos mais simples, que possam revelar sutilezas apresentas em um texto. Os fragmentos podem ser representados pelas palavras, termos ou frases que tragam o significado da mensagem.
A análise de conteúdo, dessa forma, pode ser definida como toda técnica que permita fazer inferências, identificando objetiva e sistematicamente as características da mensagem (STONE, 1970 apud CHIZZOTI, 2006). A partir dessa ideia, foi criado o primeiro programa de computador – General Inquirer – que procura fazer uma descrição analítica do texto a partir de categorias compostas por meio de indicadores, com a finalidade de descrever as características fundamentais da mensagem e, por meio da descrição, estabelecer inferências.
O critério fundamental da análise de conteúdo é o fragmento singular do documento: a palavra considerada como a menor unidade textual e passível de se analisar a frequência com que aparecem no texto, a fim de se estabelecer correlações significativas entre as unidades e extrair conteúdo relevante da mensagem.
As categorias são a forma como as palavras se reúnem. A eleição dessas categorias é importante para se atingir os objetivos que se pretende atingir na pesquisa e depende da natureza desta.
A narrativa é uma história expressa numa linguagem aberta, que quem a recebe – destinatário – tem a possibilidade de interpretação livre. A análise de narrativa pode ter uma variedade de formas em pesquisa. Existem duas orientações fundamentais: 1 – formalismo estruturalista, que pressupõe que a coerência do texto pode ser encontrada nos códigos, sintaxe e formas; 2 – experiências vividas, essa orientação analisa a narrativa das experiências vividas, produzidas nas interações sociais, especialmente nas entrevistas clínicas.
 A análise do discurso tem como pressuposto que o discurso não se restrinja à estrutura ordenada de palavras, nem a uma descrição ou a um meio de comunicação, nem tampouco se reduz à mera expressão verbal do mundo. A análise do discurso procura analisar o uso da linguagem em discursos contextualizados de pessoas que interagem, e os processos pelos quais dão forma linguística e produzem sentido nas suas interações sociais. A análise do discurso é, segundo Van Dijk (1985) apud Chizzoti, uma forma de estudar o uso da linguagem que procura identificar o processo pelo qual as pessoas dão forma discursiva às interações sociais, produzem sentidos ao que falam e orientam suas ações no contexto em que vivem.
Assim, Chizzoti (2006) afirma que algumas referências têm sido, entre outras, os pressupostos de pesquisas sobre análise de conteúdo, de narrativa e do discurso, que tem suas referências principais no estruturalismo, em Focault, na semiótica e na teoria crítica, entre outros, concluindo que eles (o estruturalismo, os discípulos de Focault, a semiótica e a análise crítica) são exemplos, entre outros, dos diversos pressupostos pelos quais o discurso pode ser analisado. E ainda, que as pesquisas que utilizam a análise do conteúdo, do discurso ou de narrativas para estudo de um texto têm tido um desenvolvimento expressivo com técnicas inovadoras que enriquecem as possibilidades de pesquisa nessa modalidade de investigação.

Referência                                                                                          
CHIZZOTI, Antônio. Pesquisa qualitativa em ciências humanas e sociais. Petrópolis, RJ: Vozes, 2006.

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